Associada à propriedade da Sempre-Noiva, está a Lenda da Sempre Noiva mesmo antes de existir o solar.
Contam-se pelo menos três histórias com este nome:
A primeira Sempre – Noiva
Curiosamente, esta primeira lenda junta na mesma narrativa as duas tradições de Arraiolos, precisamente os tapetes e a Sempre-Noiva.
Ao que parece, no tempo das lutas entre cristãos e mouros, vivia ai uma donzela que ficou noiva em má altura pois no dia do casamento a vila foi atacada e o noivo teve de partir para o combate.
Nesse tempo as guerras prolongavam-se por tempos infinitos e, não raro, mal acabava uma começava outra!
Assim, quando passado muitos anos o rapaz voltou e quis casar, a noiva, contristada por ter perdido a beleza da juventude, demorou a aparecer! E quando os convidados já desesperavam que o casamento se efectuasse, ela apresentou-se coberta com um tapete para ocultar as “marcas do tempo”.
A segunda Sempre-Noiva
A segunda Sempre-Noiva chamava-se Beatriz e era filha de D. Alvaro de Castro, irmã da malograda Inês de castro e primeiro conde de Arraiolos.
Beatriz era uma de fulgurante beleza, não admira pois que um castelhano Afonso de Trastâmara se apaixonasse por ela.
Mas estes foram tempos conturbados! Portugal estava em guerra com Castela. Corria o ano de 1384, Lisboa estava cercada pelos espanhóis. O trono estava vago, e era o mestre de Avis que comandava a resistência dentro da cidade. Beatriz encontrava-se também em Lisboa e, por qualquer motivo obscuro, o mestre de Aviz suspendeu as hostilidades, deixou entrar um nobre espanhol chamado D. Pedro Álvaro de Lara e casou-a com ele. Esta festa deve de ter parecido bizarra aos olhos bizarros, aos olhos do povo que dentro das muralhas sofria os tormentos da guerra! Mas visto que decorreram seiscentos anos sobre o incidente, tornou-se difícil ajuizar sobre os motivos que levaram as pessoas a proceder assim.
De qualquer forma, o casamento não chegou a consumar-se porque o noivo, regressou com Beatriz ao acampamento dos espanhóis, morreu de peste.
Afonso de Trastâmara recuperou a esperança de casar com a sua amada, mas morreu quando pelejava valentemente para impressionar.
Depois da luta acabada e de o mestre de Avis subir ao trono, Beatriz voltou a viver em Portugal e o rei lembrou de a dar de casamento a D. Nuno Álvares de Pereira, que tinha ficado viúvo e a que tinha sido dado o título de segundo conde de Arraiolos. Mas ele recusou.
E consta que o rei, conversando com ela longamente a fim de encontrar um marido que lhe conviesse, acabou por ficar ele próprio cativo da sua beleza! Talvez por isso, não só não voltou a escolher outro noivo como mandou matar D. Fernando Afonso que casou com ela secretamente. E mandou-o matar de uma forma cruel: queimado numa fogueira armada na praça publica, para toda a gente ver.
A terceira Sempre-Noiva
Também se chama Beatriz a terceira Sempre-Noiva. Era filha de D. Afonso de Portugal, arcebispo de Évora, que era um homem cheio de iniciativa. Mandou construir vários conventos e palácios, entre os quais este solar onde ele sempre residiu.
Esta menina estava noiva de um nobre espanhol, muito vaidoso mas muito medroso também! Certo dia, passeando com ele pelos campos, surgiu um toiro tresmalhado que correu para eles. Em vez de a defender, o noivo fugiu a sete pés e foi o maioral quem veio garbosamente em seu socorro. Esporeou o cavalo e conseguiu arrebatalá-la no último instante! Conduziu-a depois na garupa até a casa, e desse abraço ela não se libertou mais. Apaixonara-se irremediavelmente pelo seu salvador. Contudo nesse tempo, uma menina nobre não podia casar com o seu criado...Beatriz preferiu ficar solteira, toda a vida, rejeitando com indiferença os mais ilustre pretendentes.
Contam-se pelo menos três histórias com este nome:
A primeira Sempre – Noiva
Curiosamente, esta primeira lenda junta na mesma narrativa as duas tradições de Arraiolos, precisamente os tapetes e a Sempre-Noiva.
Ao que parece, no tempo das lutas entre cristãos e mouros, vivia ai uma donzela que ficou noiva em má altura pois no dia do casamento a vila foi atacada e o noivo teve de partir para o combate.
Nesse tempo as guerras prolongavam-se por tempos infinitos e, não raro, mal acabava uma começava outra!
Assim, quando passado muitos anos o rapaz voltou e quis casar, a noiva, contristada por ter perdido a beleza da juventude, demorou a aparecer! E quando os convidados já desesperavam que o casamento se efectuasse, ela apresentou-se coberta com um tapete para ocultar as “marcas do tempo”.
A segunda Sempre-Noiva
A segunda Sempre-Noiva chamava-se Beatriz e era filha de D. Alvaro de Castro, irmã da malograda Inês de castro e primeiro conde de Arraiolos.
Beatriz era uma de fulgurante beleza, não admira pois que um castelhano Afonso de Trastâmara se apaixonasse por ela.
Mas estes foram tempos conturbados! Portugal estava em guerra com Castela. Corria o ano de 1384, Lisboa estava cercada pelos espanhóis. O trono estava vago, e era o mestre de Avis que comandava a resistência dentro da cidade. Beatriz encontrava-se também em Lisboa e, por qualquer motivo obscuro, o mestre de Aviz suspendeu as hostilidades, deixou entrar um nobre espanhol chamado D. Pedro Álvaro de Lara e casou-a com ele. Esta festa deve de ter parecido bizarra aos olhos bizarros, aos olhos do povo que dentro das muralhas sofria os tormentos da guerra! Mas visto que decorreram seiscentos anos sobre o incidente, tornou-se difícil ajuizar sobre os motivos que levaram as pessoas a proceder assim.
De qualquer forma, o casamento não chegou a consumar-se porque o noivo, regressou com Beatriz ao acampamento dos espanhóis, morreu de peste.
Afonso de Trastâmara recuperou a esperança de casar com a sua amada, mas morreu quando pelejava valentemente para impressionar.
Depois da luta acabada e de o mestre de Avis subir ao trono, Beatriz voltou a viver em Portugal e o rei lembrou de a dar de casamento a D. Nuno Álvares de Pereira, que tinha ficado viúvo e a que tinha sido dado o título de segundo conde de Arraiolos. Mas ele recusou.
E consta que o rei, conversando com ela longamente a fim de encontrar um marido que lhe conviesse, acabou por ficar ele próprio cativo da sua beleza! Talvez por isso, não só não voltou a escolher outro noivo como mandou matar D. Fernando Afonso que casou com ela secretamente. E mandou-o matar de uma forma cruel: queimado numa fogueira armada na praça publica, para toda a gente ver.
A terceira Sempre-Noiva
Também se chama Beatriz a terceira Sempre-Noiva. Era filha de D. Afonso de Portugal, arcebispo de Évora, que era um homem cheio de iniciativa. Mandou construir vários conventos e palácios, entre os quais este solar onde ele sempre residiu.
Esta menina estava noiva de um nobre espanhol, muito vaidoso mas muito medroso também! Certo dia, passeando com ele pelos campos, surgiu um toiro tresmalhado que correu para eles. Em vez de a defender, o noivo fugiu a sete pés e foi o maioral quem veio garbosamente em seu socorro. Esporeou o cavalo e conseguiu arrebatalá-la no último instante! Conduziu-a depois na garupa até a casa, e desse abraço ela não se libertou mais. Apaixonara-se irremediavelmente pelo seu salvador. Contudo nesse tempo, uma menina nobre não podia casar com o seu criado...Beatriz preferiu ficar solteira, toda a vida, rejeitando com indiferença os mais ilustre pretendentes.
3 comentários:
mt bem, tá mt interessante.
Boa noite:
Gostava de saber se se pode visitar este solar.
Muito obrigada
Maria Elvira
Boa Tarde Maria Elvira
O Solar é propriedade privada mas, consegue-se através de caminhos rurais chegar perto.
Obrigado eu
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