segunda-feira, dezembro 04, 2006

Museu Etnográfico e do Artesanato da Igreja


Este espaço pretende-se desenvolver as áreas de exposição, das quais três serão destinadas à exibição do acervo do museu, uma como zona de apoio, para funcionar como sala de reservas, outra, a implementar, como zona multimédia, tudo nas instalações do Centro Social Recreativo de Cultura e desporto da Igrejinha.

A sala 1 – São apresentados elementos de artesanato e utensílios rurais relativos à actividade de inter-relação do Homem com o Meio envolvente, na sua prática diária e no exercício da sua fruição estética dos materiais disponíveis para o exercício da sua condição humana. Esta sala é complementada com textos explicativos e fotografias amostradas

A sala 2 – Nesta sala, um quarto com mobiliário e decoração alusiva ao ambiente rural, encontra-se exposto algum equipamento e objectos diversos alusivos à memória e à vivência dos “habitantes” da casa. As peças expostas datam do início do séc. XX. De referir ainda a existência de algumas fotografias antigas e recentes, em que se procura inserir o que se mostra no ambiente da sua utilização.


A sala 3 – Nesta sala, existem algumas peças, relacionadas com o trabalho doméstico na cozinha, com alusões visuais à recriação de ambientes laborais com tal relacionamento, como forma de dar a conhecer o processo que medeia entre os instrumentos e o resultado em relação ao meio de produção, que é tão característico do Ser alentejano.

Segundo o Google Earth as coordenadas são as seguintes: 38º42´34.02´´N
7º53´47.90´´O

Barragem do Divor

A barragem do Divor foi construída nos anos de 1963 a 1965, situa-se nos terrenos que marginam a ribeira do Divor, insere-se na bacia hidrográfica do Tejo. Na freguesia da Igrejinha. A mesma beneficia uma área de 488 hectares. A sua capacidade de armazenamento é de 11.9 hm3, que corresponde, quando está em nível de pleno armazenamento (NPA) e uma área inundada de 265 hectares.
A exploração e conservação das obras iniciou-se em 1965 a cargo da Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos e em 1968 foi transferida para a Associação de Regantes e Beneficiários do Divor, com sede em Arraiolos, criada com efeito por Alvará de 13 de Setembro de 1967.
A área de intervenção do Plano de Ordenamento da Albufeira do Divor, corresponde ao plano de água e à zona de protecção da Albufeira de acordo com o definido no Decreto Regulamentar n.º 2/88 de 20 de Janeiro, enquanto Albufeira classificada como protegida, uma faixa com largura de 500metros.
A albufeira encontra-se inserida no Projecto Biotopos Corine, devendo-se a sua vulnerabilidade essencialmente à pressão humana (recreio e lazer) e à eutrofização das suas águas.
Segundo o mesmo autor, esta está classificada com o número 192, sítio considerado notável pela diversidade e abundância das suas comunidades de aves aquáticas, com especial destaque para as concentrações invernantes de anatídeos (Anas sp. e Aythya sp.) e galeirão (Fulica atra), sendo também importante e rica em falconiformes (aves de rapina diurnas) e caracterizada pela ocorrência de lontra (Lutra lutra) e outros mamíferos carnívoros.A barragem do Divor é palco de muitas actividades, desde a pesca, inclusive pesca desportiva; na 5ª feira da Ascensão é feriado municipal e muitos dos habitantes do Concelho passam esse dia na barragem, inclusive existem sempre actividades apoiadas pela CMA e pela Junta de Freguesia da Igrejinha, um exemplo dessas actividades é o baile popular; vela; canoagem, etc.
As coordenadas são as seguintes 38º42´01.92´´N
7º55´25.66´´N

Freguesia da Igrejinha




A freguesia da Igrejinha, localiza-se a 10 km da cede de concelho. Possui uma área de 41,2 km2, sendo assim a terceira maior freguesia do concelho.
O território desta freguesia conheceu a presença humana desde eras muito recuadas. Arqueologicamente muito rico, apresenta um número considerável de monumentos dolméticos e vestígios de um castro. Ao longo dos tempos foram aqui descobertos restos de cerâmica, telha de rebordo e outros materiais.
O nascimento da aldeia, deu-se à volta da igreja de Nossa Senhora da Consolação da qual á registos de em 1759 já existirem 30 fogos.
Durante o século XVI a população parece ter crescido paulatinamente e sobretudo nos “montes” das herdades onde se regista a presença frequente de escravos negros ligados, portanto, aos trabalhos agrícolas e pecuários.
Os cereais, a pecuária, a cortiça e a oliveira foram, o motor económico da freguesia, ao longo dos séculos.
Na Igrejinha acabaram por se fixar pessoa que vinha fazer trabalhos sazonais, como os ratinhos sobretudo vindos da Beira Baixa, ovelheiros e pastores oriundos da Serra da Estrela que traziam as suas ovelhas para invernarem no Alentejo (sobretudo nos Campos de Ourique).
Segundo o mesmo autor, nos anos 50, devido ao abandono da agricultura, a população da freguesia decresce violentamente, as pessoas emigraram para cidades maiores ou mesmo para França ou Suiça.
Na década de sessenta (1963-1965), foi construída a barragem do Divor, destinada a abastecer a cidade de Évora e para regadio. Na povoação existia também uma fábrica de transformação de produtos horto-frutícolas da Cooperativa Agrícola, não trouxe grandes melhorias à vida da população nem estancou a saída dos mesmos para outros sítios. Contudo, é uma aldeia de gentes simpáticas, com a sua Igreja da Nossa Senhora da Consolação, os prazeres que a Barragem do Divor pode proporcionar momentos muito agradáveis, o seu vinho e a sua gastronomia.

Igreja da Nossa Senhora da Consolação - Igrejinha

Dedicada a N.ª S.ª da Consolação, os seus fundamentos remontam ao ano de 1528.
Sofreu primeiro restauro em 1534, que constou de retelhamento geral do edifício e seu lageamento interior.
O edifício é de planta longitudinal, regular, composta por volumes articulados, correspondentes a dependências e acrescentos posteriores; possuem portal alpendrado com campanário central virado a SO, em alvenaria rebocada e caiada com cunhais e cantarias de granito. Várias construções e dependências destinadas a fins religiosos foram acrescentadas no alçado ocidental.
No seu interior, planta rectangular com capelas laterais e cobertura em abóbada de berço; destaca-se os altares em talha, joaninos, as pinturas a fresco, barrocas, que revestem a cobertura em caixotões na nave principal e a cobertura da capela das Almas; datadas de 1724, são pinturas de carácter populista, figurando Adão e Eva no Paraíso, a Santíssima Trindade e as Almas do Purgatório; apesar da simplicidade da composição, trata-se de um conjunto de grande expressividade e Igor cromático. Os alçados laterais da nave são integralmente forrados por painéis de azulejo de tapete, seiscentista. A imagem que se encontra no altar-mor é de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da terra, a mesma é de madeira policromada e dourada.

Segundo o Google Earth as coordenadas são as seguintes: 38º42´37.34´´N
7º53´59.46´´O

Ponte Romana

Ponte pós-romana, não se sabe a data da sua construção.Situa-se sobre a ribeira de Têra, entre o Vimieiro e Casa Branca. Tem uma certa imponência, o que dá ainda uma maior beleza a toda a paisagem circundante.
As pontes romanas são sem duvida uma das marcas mais assinaláveis da passagem dos romanos nesta zona.
Segundo o Google Earth as coordenadas são as seguintes: 38º49´30.26´´N
7º51´07.36´´O

Arte Pastoril

Os pastores alentejanos, quando no campo o gado pastava e menos atenções necessitavam, as asas da imaginação soltavam. Utilizando apenas a madeira, ou cortiça e a navalha, esculpiam diversos objectos, desde as colheres de pau, miniaturas de utensílios agrícolas, os coxos e tarros em cortiça, mobiliário, etc.. No concelho de Arraiolos, existia também essa tradição, hoje em dia apenas “meia dúzia” de pessoas fazem algumas peças.
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